Já dizia Heráclito no período pré-socrático: não há nada permanente, exceto a mudança
E realmente tudo precisa evoluir e se adaptar às necessidades de quem utiliza
A arquitetura é um campo que está sempre evoluindo com o intuito de suprir a necessidade de todos. Esse olhar atento sobre cada ser humano permitiu que novos conceitos e condutas fossem incorporados a profissionais dessa área, que reaprenderam a pensar os projetos. E assim surgiu a arquitetura inclusiva, que é uma vertente que procura respeitar as diferenças entre os seres humanos, gerando acessibilidade a todos em qualquer tipo de obra. É um paradigma que marcou uma nova cultura nesse setor profissional, permitindo que os profissionais enxergassem as construções de outra maneira.
Surgimento da Arquitetura Inclusiva
A arquitetura no Brasil somente começou a ter representatividade a partir do período Modernista. Este foi um período extremamente importante para esse campo, pois marcou os conceitos de estética e construção que são ensinados até os dias atuais. Com o passar do tempo, começou-se a perceber que as pessoas com necessidades especiais precisavam adaptar as construções de acordo com as suas dificuldades. Isso fez surgir o desenho universal, que recria os conceitos de “homem-padrão” e inclui as necessidades adversas na obra.
Sua importância
É extremamente importante que os arquitetos incorporem o desenho universal às suas obras, com o intuito de permitir acessibilidade a todos nas construções. Para se ter uma ideia da necessidade da arquitetura inclusiva, no Brasil existem cerca de 19 milhões de idosos e 27 milhões de deficientes. Esse número chama a atenção para a importância no planejamento de espaços onde o acesso seja garantido a qualquer usuário, com independência e autonomia.
O conceito da acessibilidade foi incorporado ao universo da arquitetura a partir da NBR 9050, em 1985, mas teve seu grande impulso em 2004, quando a norma foi revisada. Essa norma prevê o direito das pessoas com deficiência e amplia a abordagem para quem possui dificuldade em se locomover, como obesos, gestantes e idosos, ressaltando o conceito do desenho universal.
Esse universo é ainda relatado na Lei Federal n° 10.098, que subdivide a acessibilidade nos meios de transporte, meios físicos, informação e comunicação e em ajudas técnicas.
Além disso, a arquitetura inclusiva é um tema obrigatório na grade curricular de cursos universitários, com o intuito de formar profissionais capazes de atender às novas premissas e exigências.
Os reflexos e benefícios da arquitetura inclusiva
Por meio do desenho universal é possível que pessoas com necessidades especiais possam se locomover sem obstáculos que dificultem esse procedimento. Podem também ter acesso a áreas comuns, como em condomínios, se deslocando sem a necessidade de ajuda ou o uso de outros meios de locomoção.
Além disso, a arquitetura inclusiva pode ser realizada em qualquer tipo de construção, evitando que sejam necessários ajustes posteriores para atender as necessidades de deficientes, sem atrapalhar as demais pessoas que utilizam o espaço.
Deu para perceber como esse tipo de arquitetura é importante? Trata-se de uma tendência universal que deve ser adotada sempre. Com ela é possível que pessoas com deficiência tenham acesso a todo tipo de espaço, com flexibilidade e segurança.
E você já tinha ouvido falar de Arquitetura Inclusiva?
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